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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Porque não existe mais (ou por algum tempo) canela e açúcar

Resultado de imagem para são tempos difíceis para os sonhadores

Independente de ter conhecimento de minha incapacidade, eu sempre apreciei a escrita e (até por esse motivo) alimentei o hábito de realiza-la.
Acho que sempre senti demais, sempre tive um turbilhão de coisas no meu peito e na minha mente...de certa forma, era meu combustível. Agora, por outro lado, a mesma característica que me conduzia a arte é a que me bloqueia e me afasta cada fez mais dela. Me paralisa.
Parece que me deixei preencher pelos sentimentos errados e infelizmente, nem sobre meu maior mal (que também atua como minha companhia constante) consigo desenvolver algo que seja suficiente para expressar o que sinto, ajudar-me de alguma forma e/ou atualizar o blog. Portanto, acredito que essa postagem seja a última (talvez só por algum tempo) aqui.

ps.: eu sou bem dramática mesmo e imagino que ninguém mais se incomode com isso, mas significa muito pra mim e achei que deveria escrever isso...de algum modo, abandono aqui parte do meu ser.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

O livro no meu peito

tá na mesma estante.
alguns se arriscam,
uns roubam,
outros nem se importam em achar...

tem risco, rabisco, remendo
falta uma página
te
m essa, aquela, a outra, aquele mesmo e você

[tem lembrança com cheiro de cigarro,
gosto de cerveja e chiclete]

tem os pedacinhos que
deixaram
espaços do que levaram
as tristezas que cultivo

[tem
saudade em formato de foto, vontade com jeito de amor]

tem música no lugar de pensamento
imaginação em movimento
tem bobagem, bagagem, sexo, poemas e eu

ainda tem teu espaço
tuas manias, teus pedidos
ainda tem tuas marcas,
tem teu sorriso quente e os tapas que a realidade dá

tem um um rio de coisa,
um bocado de gente,
multidão de sentimentos...

                                                                               ...só não tem mais cor.